PLAQUETAS
As plaquetas sanguíneas são fragmentos citoplasmáticos anucleares presentes no sangue, originados na medula óssea.
Sua principal função está relacionada ao processo de coagulação sanguínea.
Função das plaquetas
As plaquetas são responsáveis pela coagulação, que envolve uma complexa cadeia de reações enzimáticas.
Como exemplo, podemos pensar num ferimento que aos poucos vai deixando de liberar sangue formando o coágulo ou trombo, por isso as plaquetas são também chamadas trombócitos.
Esse processo de regeneração dos tecidos lesionados é realizado por meio do trabalho das plaquetas e seus fatores plaquetários e por diversas substâncias chamadas fatores de coagulação, presentes no plasma sanguíneo e envolvidas na cascata de reações enzimáticas.
Também estimulam a vasoconstricção, ou seja, a contração do vaso diminuindo o seu diâmetro.
Como acontece a coagulação?
As plaquetas liberam a enzima tromboplastina ou tromboquinase, também liberada pelas células da superfície interna do vaso rompido. Com isso, a protombina torna-se ativa e se transforma em trombina, que também depende da presença de íons cálcio e da vitamina K.
Por fim, ocorre a transformação do fibrinogênio em filamentos de fibrina formando uma rede, que favorece o fechamento do local ao reter as hemácias e outros elementos figurados do sangue.
A rede de fibrina origina o coágulo, evitando, dessa maneira, a perda excessiva de sangue (hemorragia).
Contagem de Plaquetas
As plaquetas estão presentes em cada gota de sangue e seu número é de aproximadamente 150.000 a 400.000 plaquetas por milímetro cúbico em condições normais de saúde.
Além disso, as plaquetas estão presentes no sangue aproximadamente 10 dias e terminam no baço, órgão linfático, responsável por sua destruição.
Muitas doenças estão relacionadas à diminuição e ao aumento do número de plaquetas no sangue, o que pode ser detectado em exames de sangue específicos.
Plaquetas Baixas ou Plaquetas Altas: o que pode ser?
Assim, quando há a diminuição das plaquetas na circulação sanguínea, ocorrerá a plaquetopenia (trombocitopenia) e pode indicar a presença de algumas doenças como: dengue, anemia perniciosa, lúpus, leucemia, infecção ativa, dentre outras.
Por outro lado, quando houver o aumento das plaquetas, ocorre a chamada plaquetose (trombocitoce) e podem indicar a presença de algumas doenças como: anemia ferropriva, artrite reumatoide, leucemia, linfoma, tumor sólido, policitemia vera, pós-esplenectomia (retirada do baço).
Doenças Genéticas
- Hemofilia: é uma doença hereditária ligada ao cromossomo X, que ocorre quase que exclusivamente nos homens, sendo as mulheres portadoras. O tipo mais comum caracteriza-se pela deficiência no fator de coagulação VIII (hemofilia A), o outro tipo deve-se à deficiência do fator IX (hemofilia B). O principal sintoma é a hemorragia causada por traumas, geralmente em regiões cutâneo-mucosas (gengivas), musculares, de tecidos moles, articulares e viscerais.
- Doença de Von Willebrand: disfunção da proteína denominada fator de von Willebrand (FvW) essa doença é caracterizada por uma deficiência hereditária que dificulta o estancamento do sangue. Por isso, pacientes que possuem esse tipo de disfunção sangram demasiado quando apresentam algum ferimento. A doença de von Willebrand não tem cura, contudo o problema pode ser atenuado com o uso de medicamentos.
- Síndrome de Bernard-Soulier: Doença rara e hereditária causada pela presença de plaquetas gigantes no sangue. Assim, pessoas que tem essa síndrome apresentam problemas como o excesso de sangramento (nas mucosas, gengivas, nariz), facilidade em ter hematomas, menorragia, bem como as hemorragias prolongadas.
- Síndrome de Aarskog: Conhecida também pelos nomes "Síndrome de Aarskog-Scott", "Displasia Faciogenital" e "Síndrome Faciodigitogenital", essa rara doença é caracterizada por uma síndrome genética recessiva ligada ao cromossomo X, e seus portadores, em sua maioria homens, podem apresentar problemas como: anomalias (faciais, esqueléticas, genitais), baixa estatura, déficit de atenção, hiperatividade, crescimento lento, deficiência mental, dentre outras.
- Trombastenia de Glanzmann: Doença genética hemorrágica caracterizada por um distúrbio de coagulação crônica ocasionado pela deficiência da proteína fibrinogênio responsável pela formação de coagulação sanguínea. O tratamento é feito à base de medicamentos e transfusão de plaquetas.
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